segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Um conto de Natal...

"Os presépios"

"...Os presépios, antigos, novos, relíquias das avózinhas, ou daqueles mais baratuchos, "chinezadas", dão todos mote a uma época especial; O Natal. Enchem as casas de alegria, e de cor, pois não são só as crianças que fazem o Natal, nós também o fazemos, à nossa maneira. Enfeitando as nossas casas, com velas alusivas ao Natal, ou simplesmente decorando uma árvore (pinheiro) despida, sem "glamour", sem graça, e sem alma. As luzes, os seus diamantes e rubis, esmeraldas belas que a fazem sorrir. Pérolas magníficas! As fitas, decoram-na fazendo-a parecer que trás vestida, um vestido "très chique", qual Christian Dior, ou Armani, a bem dizer...A árvore, está composta. Falta o pó-de-arroz, um pouco de "rouge", o "batôn" e por último os brincos, pormenores.O pó-de-arroz, não é nada mais nada menos que um pouco de neve artificial espalhada pelos miúdos, o "rouge" e o "batôn", é o amor e o carinho com que a árvore foi feita pela família que contribuiu para ser uma árvore tão..."Fashion". Ao enfeitá-la lembram-se sempre dos amigos, dos que vivem, e dos que já partiram. Vivem com esperança no futuro e com saudades do passado. Os brincos, os brincos são as carismáticas bolas, que todos os anos se encontram nas lojas à venda ou no comércio tradicional, ou num shopping qualquer, vazio de calor humano, em troca de consumismo puro e duro. A simpatia, porém de quem lá faz o seu negócio, é presente, sempre nesta altura do ano. Bolas, redondinhas e pequeninas, ou redondas e grandes. De feitios e cores diferentes, com ilustrações ou sem ilustrações, com muitos brilhantes ou vazia.Falta-me um pormenor que me lembrei agora, os anéis. Sim, os anéis, porque senhora que é senhora tem de ter anéis, e uma árvore é uma Senhora!Os anéis, não nada mais que os bonequinhos redondinhos, gostosos e gulosos, a que já há muitos séculos chamamos de "chocolates". Pais Natal, grandes, pequenos, de formas redondas, quadradas, aquilo que houver...são os anéis que os miúdos, quais Robin dos Bosques, desaparecem das àrvores, não para dar aos pobres, mas para dar às "pobres" barrigas gulosas e famintas de um doce. Como são felizes, a criançada. No outro lado do Mundo, onde não há presépio, não há árvore, não há nada...Natal para elas, é quando têm um prato de arroz para comer."

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