domingo, 17 de junho de 2007

Palavras...



Pensamentos abertos,
Oblíquas sensações,
Infernos tormentos
De sonhos escondidos
Nas vielas achadas,
Por um poeta de poemas esquecidos,
De sentimentos achados,
De palavras perdidas.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Para uma loira...



Uma loira deslumbrante,
Seda do deserto.
Um olhar ofuscante.
Um sorriso contagiante.

Sorri, sorri muitas vezes.
Não sabes, nem sabemos
Mas lá no fundo somos felizes.

Hoje, como amanhã, tal como foi ontem.
A seda foi sempre a mesma,
A mesma, como tu.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Jogada de xadrez


Saltitando no mundo,
Como um peão de xadrez,
A jogada menos importante é a nossa.

A outra, maior que o Homem,
É aquela que o Outro joga e mata.

Saltita o Homem, a Natureza,
E tudo mais que o rodeia.

Muda o jogo, muda as regras,
Muda a vontade e a sensatez.
Muda o pensamento, muda o Homem,
Muda tudo. Mas o Deus, é o mesmo.

Não sabemos...



Não sabemos se vos temos,
Se vos amamos.
Só sabemos que vos queremos.

Queremos aquilo que não temos,
E aquilo que não sabemos.

Aquilo que sabemos que temos,
Não queremos.
Porque só vós,
Sabemos que vos queremos.

Não sei...



Não sei que dor,
Não sei que amor,
Só sei, que nada sei.

Sei que Amor, é dor.
Mais que feridas de um grande amor.

Se a um homem faltar Amor,
Que desculpa?
Que Amor?
Que desculpa, senão a dor.

Se no Amor, há vida.
O que é a vida sem Amor?
O que é a vida sem ardor
Se até na dor, há Amor.

Canção de Embalar



Uma canção de embalar,
Para o filho acalmar,
Nas mãos de uma mãe
Que mal sabe cantar,
Uma música de embalar.

Uma mãe, ao filho que quer embalar,
Uma canção para não chorar.
No sono de Morfeu para não mais acordar.

Uma canção para sorrir,
Uma música para recordar.

Definições

Isola o pensamento num momento,
Garante tudo por certo e sabido.
Isola o pensamento,
E toma tudo, por certo.
Tolda o pensamento, garante que tudo o que é certo,
Como mesmo.
Que tudo na vida
Seja o mesmo que o nada, que a vida é.
O mesmo tom, o mesmo brilho,
A mesma luz, a mesma voz.
De tudo, o tudo que é tudo,
Continue o mesmo nada.

Sintonias



Penso em tudo o que digo
E em nada do que falo.
Imagino aquilo que falo, pensando.
Uma linha, uma ideia, um conceito
Um pensamento concreto, do abstracto que é a vida
E mais do que aquilo que a vida é.

No escuro ou de dia
Escondo entre quatro paredes do coração,
As palavras que me prendem.

Amor, sem razão.
Perdão, sem paixão. (Perdão, que não te a dão.)
Sofrer, sem saber.
Chorar, para me lavar
Aquilo que de mim restar.