segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Recordei-me...

Antes de me deitar, olhei para um livro que me ofereceram. Que me trouxe recordações, e nele estava um poema que vos quero transcrever na íntegra.
Pois cada palavra é uma verdade.
Cada verso, é um sentimento.
Cada quadra, um sintoma.

A verdadeira mão que o poeta estende
não tem dedos:
é um gesto que se perde
no próprio acto de dar-se

O poeta desaparece
na verdade da sua ausência
dissolve-se no biombo da escrita

O poema é
a única
a verdadeira mão que o poeta estende

E quando o poema é bom
não te aperta a mão:
aperta-te a garganta


De: Paul Celan, in: "O Pavão Negro" de Ana Hatherly

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Só de pensar...

Só de pensar, que não estou perto de ti
Faz me quer estar mais longe daqui.
Não quero pensar, também não quero fugir,
Dum sentimento que não quero sair. Dum sentimento que não sabe ser feliz.
Só queria estar só. Não saber o que é dor. Dor d'amor.
Dor, sem amor.
Quão melhor é saber que amor, não é dor.
Que amor, é Amor.
Que Dor, é apenas dor.

Só de pensar...quero voltar atrás.
Correr riscos que o mundo já trás.
E contigo viver, riscos para sobreviver.
Não quero pensar, não quero fugir.
Quero apenas, contigo sonhar a dormir.
Quero viver, Quero saber
Correr riscos contigo fazer.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Nomeado!!

Os blogs Palavras Que Ficam e A Cor do Meu Veneno nomearam o
Blocos&Canetas com o prémio:

que muito me honra, e que humildemente o aceito. É uma nomeação um pouco inesperada, porque o objectivo deste blog, foi sempre de expôr poemas e pensamentos por mim escritos e nada mais do que essa misera ambição. No entanto, Obrigado.
E porque a hora de "galhardetes" já se faz esperar, os nomeados são:

Aliciante, de Madalena Palma - Um blog de referência para todas as mulheres e homens também. Uma inspiração.

Praça da República em Beja, de João Espinho - Um blog que tem ideias fixas, diferentes e alguma luz, nesta cidade, cada vez mais cinzentona.

Palavras Que Ficam, de Susaninha - Um blog com as palavras certas, nos momentos mais oportunos.

A Cor do Meu Veneno, de "SOL" - Um blog cheio de sentimentos, de palavras cheias de tudo.

Mar Adentro, de "A. L." - Um blog de palavras fartas, transpiram poesia, romantismo, por vezes sentimentos obscuros.

Corpos e Almas, de Helena Fonseca - Um blog que cheira a Mulher, cada palavra, cada vírgula, cada ponto final.

Imagens, de "Jota Cê" - Cada foto, uma poesia. Cada foto, uma história. Cada foto, uma inspiração.

Passo então a citar as regras para os felizes nomeados:

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons, entende-se como bom os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários;

2. Só e somente se recebeu o “Diz que até não é um mau blogue”, deve escrever um post: Indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blogue; A tag do prémio; As regras; E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio;

3. Deve exibir orgulhosamente a tag do prémio no seu blogue, de preferência com um link para o post em que fala dele;

4. (Opcional) Se quiser fazer publicidade ao blogger que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja – Skynet - pode fazê-lo no post.

Sou...? Serei...?

Não sei quem sou,
Nem sei o que sou.
Não sei que caminho tomei,
Nem sei que caminho caminharei.
Não sei se serei,
o que que quererei.
Não sei, o que no Futuro querei.
Agora, só sei que nada sei.
Que um caminho percorrirei,
derrubarei ou saltarei.
Perderei, se não caminharei.

Chuva...

Chuva, pinga, molha.
Gota, limpa, fresca.
Renova, o que é velho em novo.
O novo, em usado.

Transparente, vidro, espelho.
Cais uma, cais mil. Cem vezes, sentir.
Estilhaços de nós, estilhaços de pó.
Pegadas de uma vida só.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Nostalgia...

Nomes, pessoas, locais, momentos.
Ou ouvir antigas canções, que abriam corações.
Sonhos antigos, desejos esquecidos.
Todos escondidos, na memória, guardados a sete chaves de um segredo.
Alguém um dia irá abrir. Certezas, quem as tem?
Longe ou perto, quero é sentir. O mesmo desejo, o mesmo doce beijo.
Grita Revolta coração, infame amigo, traidor de certezas. Inimigo da razão.
Imunda, a palavra que jaz comigo. Amor. Ao coração, promessas tecidas, teias, doces mentiras.
Alimentas-te de sonhos e ilusões, de emoções e jovens paixões.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Namorem...



...Namorem, disfrutem, deliciem-se, derretam-se, enamorem-se.
Hoje, amanhã, depois de amanhã e sempre.
Porque para Amar, um só dia não chega. É preciso uma vida.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Perguntaram-me...

...do que era a favor?
Respondi: Sou a favor de mim.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Morre...

Morre, morre nostalgia inferma.
Morre, e não me ampares.
Morre, foge e fica longe de mim.
Morre. E não, não me iludas.
Morre, já não te vejo.
Morre! Morre! Morre!

Pára de me julgar, pára de me perseguir.
Pára, Oh amor fingido. Vem, morte querida.
Tira-me este peso, tira-me esta vontade.
Amor, de quem sofro.
Amor de quem quero. Amor de quem gosto.
Leva-me pra outro lado, leva-me pro outro lado.
Trás-me a tua paz,
Dá-me a tua paz.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Hoje, Ouvi...

Antigos
Dizeres
Imagináveis
Antes
Falados
Agora cantados

...e adorei!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Tu és...

Tu és...tudo aquilo que quero que existe.
Tu és...aquilo que preciso, e não quero.
Tu és...ar, sol, e água, para viver.
Tu és...tudo o que sei que existe e algo mais que sei que vive e não conheço.
Tu és...tudo, quando não sou nada.
Tu és...aquilo que quero ser e não sou.
Tu és...meu e eu sou tua.
És, porque assim é, porque assim sempre será.
Sim...Tu, és.

Obrigado à Susaninha pela inspiração.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Foi assim?

Vibraram todos os poros do teu corpo?
A boca, derreteu-se ao som dos beijos?
As pernas, fraquejaram ao sabor das mãos que te acariciaram?
A língua, está excitada com o encontro mais que casual com outra boca?
A tua pele, estava quente, ardente de desejo?
Os teus olhos, fecharam-se, desejando que este momento não mais parasse?
As mãos suaram quando estavam mais que juntas uma à outra?
Quentes, humidas, ardentes.
Assim como os desejos,
assim como se quer uma paixão,
assim como se quer sexo com amor.
Foi assim? Diz-me, foi?

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Num mês...

Num mês, ganhei, perdi, iludi-me e desiludi-me.
Procuro palavras que não sei dizer
às coisas que aconteceram, às amizades que fiz, aos amores que perdi.
Ilusões, ilusões…quimeras da vida.
Fui homem apaixonado, coração roubado, perdido por amores.
Triste, desiludido, iludido, e agora encontrei-me. Outra vez. Mais uma vez.
Faz sentido? Não sei. Mas procuro saber. Depressa, e bem.