terça-feira, 14 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

Tempo...

E há quanto tempo que não oiço a voz daqueles de quem gosto. Há quanto tempo que não falo com aqueles de quem me importo. Não o faço pelo tempo que não o tenho e se o tenho perco-o em coisas que o tempo me define e me impõe para os realizar o mais depressa possível. É verdade que podia pegar no telemóvel e ligar, podia. Mas não acontece. Podia pagar a gasolina do carro e pagar as portagens e almoçar com aqueles de quem vive no meu coração. Mas não o faço. Porque não posso.
Não posso porque o tempo não o permite, porque o dinheiro não estica e como não estica, não posso.
Há coisas Inadiáveis de que não me posso esquecer nem posso adiar. Algumas vão se esquecendo, não que não as queira esquecer mas acontece. Tenho imagens guardas dentro da minha cabeça, vozes, e coisas escritas que me relembram todas as lembranças transformadas em memórias, de um passado não muito longínquo. Memórias de um pôr-do-sol, entre as linhas de um comboio, uma brisa numa praça de gente e de fruta, um olhar para o Oceano Atlântico num almoço entre amigos, uma cara bem gira numa noite algarvia com um sorriso do tamanho do mundo, de noitadas antigas efémeras mas bem presentes, eborenses...de tudo o que não cabe neste cantinho e outros mais que guardo com carinho, no coração e na mente.
Tenho saudades de todos eles, sem excepção. Todos mesmo.
Hoje, fazia-me falta tê-los todos perto de mim.