quinta-feira, 12 de junho de 2008

Terra moribunda...

De sapatos rasgados,
Cabelos desalinhados,
O andar descontraído,
Olhos postos no céu,
À procura de alguma coisa já perdida.

Mãos longas e finas.
Gastas do mesmo trabalho.
Não se cansam, nunca do que fazem.
Foi o tempo que as treinou,
Foi a experiência que as mimou.

O sol, o frio, e o calor abrasador,
Moldam as mãos alentejanas.

É pão, vinho, e chouriço,
Alimento dos velhos meninos,
Da cevada e do trigo.
Homens dos tempos antigos.

Por entre terras e planícies,
A terra moribunda,
Pergunta
Se o velho do Restelo,
Ainda lá continua...

1 comentário:

Sol disse...

Muito gostam vocês da temática "pão, cevada e trigo"... Sinto-me assim... Incompreendida! =P