segunda-feira, 14 de julho de 2008

Refúgio...

Se o meu último refúgio foi no teu peito,
Nos teus beijos, no calor das tuas palavras,
No carinho e no amor que por mim nutrias
De palavras ardentes
No nú corpo quente, jaziam.

Cinzas, cinzas de paixão,
Cinzas de ilusão,
Cinzas de amor
Cinzas de rancor
De dor…
De saber que és mulher, e mais do que isso,
De seres,
Muito mais do que isso.

Nesse teu corpo delgado,
Nascido do berço da Lua,
Filha, dum sorriso do Sol
Olhas com indeferença
Quem por ti passa e te admira.

Cada poro do teu corpo, transformado em desejo
Veneno. Doce bebereijo.
Oh doce glória,
Oh amor sem história.
Fui rei, fui mendigo, pedinte sem hora
Do amor que jaz agora.

Vem, traz-me amor sem glória.
Profana vontade
Morre,
Moribunda no coração destroçado.
Vive,
Em memórias da juventude.

3 comentários:

mundo azul disse...

...a melancolia de um amor acabado!

Lindo o seu poema, Miguel...

Beijos de luz!!!

susaninha disse...

este é sem dúvida dos melhores poemas por ti feito (pelo menos que eu, simples leiga, possa contemplar)...
beijinhos ***

Francisco Castelo Branco disse...

bom blogue