sexta-feira, 27 de julho de 2007

“Se Penso, logo existo!”



Quando criamos teorias de existencialismo em que se cita Descartes, então é evidente que temos de pensar nessa forma muito própria do mundo e da sociedade em geral, perante situações também elas muito próprias. Não vou citar filósofos mas vou apenas restringir-me a situações que conheço por aquilo que leio. Tudo na vida é uma dúvida permanente, uma dúvida constante que nos faz reflectir e que interessa-nos entender e perceber então nas muito condicionantes maneiras de viver e de pensar e naquilo que nos faz pensar porque vivemos. Sim, somos seremos pensantes porque vivemos e porque gostamos de resolver enigmas de qualquer foro (cientifico-social) e descobrir e redescobrir tudo de uma maneira diferente com outros olhos. Esse é o desafio que se nos impõe há vários séculos desde que o Homem começou a questionar o porquê das coisas.
Se hoje penso e logo existo, então ao pensar naquilo que estou a pensar é porque realmente existo e se existo então raciocino. O acto de pensar e de raciocinar é elementar. Hoje, tão básico como saber que o mundo é redondo porque houve alguém, “um louco” diziam eles, porque se baseava nas leis naturais da natureza e da ciência. Antes, quase um enforcado desconhecido, hoje um dos maiores génios da ciência. E afinal a História deu-lhe razão, a Terra É MESMO redonda! Isto comprova que todos os seres humanos que crescem e se desenvolvem, que crescem intelectualmente e que estão em constante dúvida acerca das coisas que os rodeia são seres que têm um comportamento muito próprio de descobrir e redescobrir o mundo com os seus olhos de vários ângulos de pensamento e considerados génios. Nada mais errado na minha opinião. São pessoas apenas curiosas naquilo que os rodeia e são felizes que haja tantas perguntas para serem resolvidas. Se não fossem eles, hoje não tínhamos Descartes, Da Vinci, Pitágoras…
Hoje, tal como ontem, tal como na altura de Descartes, o tema “pensar” e “existir” era algo que nos deixava perplexos, que nos deixava com dúvidas, não só nessa pequena elementar pergunta-afirmação, mas também em todas as outras questões relacionadas com a vida do homem no seu quotidiano.
Se pensar, logo existo, então afirmar que existimos é uma certeza, e que naturalmente como concordamos todos com Descartes é uma certeza inquestionável.
Outra das concordâncias que faço com a crónica redigida pela Drª Juíza Ana Bacelar no "MaisAlentejo", é que uma sociedade sem parâmetros, sem tabelas, não é sociedade, mas também não quero dizer com isto que temos de ser uma sociedade com extremos político-sociais. É bom pensarmos que no meio de tanta coisa em que vivemos com angústia e medo afinal há lá qualquer coisa de bom e honesto, por muito que isso nos custe a acreditar. Se pensarmos bem, até existimos moderadamente bem…zinho.

2 comentários:

Anónimo disse...

O drama de todos os ideólogos e políticos é o de quererem encaixar o indominável ser humano nas espartilhadas tabelas das suas conveniências. A complexidade infinita das relações entre os homens e a sua constante evolução fazem com que as soluções estejem sempre muito aquém. É sempre um vaso por maior que o façam mas a árvore pede chão e infinito. Todas pedem chão e infinito mas para que convivam em conjunto tem de limitar-se aos vasos que são as leis de sociedade. Tem de haver leis?
Sim!
As leis agradam-nos? Não; quando nos limitam. Sim quando nos acrescentam liberdade.
O resto é retórica.

Charlie

Anónimo disse...

penso logo existo.
Mas às vezes, penso logo desisto... :(

Manuel Valadas