Pensamentos abertos, Oblíquas sensações, Infernos tormentos De sonhos escondidos Nas vielas achadas, Por um poeta de poemas esquecidos, De sentimentos achados, De palavras perdidas.
Isola o pensamento num momento, Garante tudo por certo e sabido. Isola o pensamento, E toma tudo, por certo. Tolda o pensamento, garante que tudo o que é certo, Como mesmo. Que tudo na vida Seja o mesmo que o nada, que a vida é. O mesmo tom, o mesmo brilho, A mesma luz, a mesma voz. De tudo, o tudo que é tudo, Continue o mesmo nada.
Penso em tudo o que digo E em nada do que falo. Imagino aquilo que falo, pensando. Uma linha, uma ideia, um conceito Um pensamento concreto, do abstracto que é a vida E mais do que aquilo que a vida é.
No escuro ou de dia Escondo entre quatro paredes do coração, As palavras que me prendem.
Amor, sem razão. Perdão, sem paixão. (Perdão, que não te a dão.) Sofrer, sem saber. Chorar, para me lavar Aquilo que de mim restar.